quinta-feira, 12 de julho de 2007

Fiasco PAN 2007


Marcelle Alves

O Pan-americano de 2007, no Rio de Janeiro está chegando, no próximo dia 13 deste mês os jogos começarão. A cidade do Rio conseguiu o direito de ser sede da 15ª edição dos Jogos Pan-Americanos após uma disputa acirrada com San Antonio, dos Estados Unidos. O país volta a ser palco da competição 44 anos depois, onde a primeira e única vez foi na cidade de São Paulo.

Serão 41 modalidades: Atletismo, Badminton, Basquete, Beisebol, Boliche, Boxe, Canoagem, Caratê, Ciclismo, Esgrima, Esqui aquático, Futebol, Futsal, Ginástica Artística, Ginástica Rítmica, Handebol, Hipismo, Hóquei na grama, Judô, Levantamento, Luta, Nado Sincronizado, Natação, Patinação, Patinação Artística, Pentatlo Moderno, Pólo Aquático, Remo, Saltos Ornamentais, Softbol, Squash, Taekwondo, Tênis, Tênis de mesa, Tiro, Tiro com arco, Trampolim, Triatlo, Vela, Vôlei e Vôlei de Praia.

As modalidades serão disputadas no Complexo Maracanã, estádio João Havelange, Clube Marapendi, Complexo do Autódromo, Marina da Glória, Parque do Flamengo, Praia de Copacabana, entre outros.



Atletas elogiaram a Vila Olímpica, já que foram gastos 336 milhões, mas faltavam alguns reparos, até pouco tempo atrás, faltava luz elétrica em alguns pontos, em maio as vias de acesso aos prédios cederam, abrindo crateras, com isso as obras só terminaram às vésperas da entrada dos atletas, no dia 3 desse mês. No dia 28 de junho na pré-abertura da Vila, quando algumas delegações já estavam no local, operários trabalhavam na urbanização do local. Em frente aos prédios, outro problema: um trecho da Avenida Ayrton Senna também afundou, em tubulações da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgoto), e as obras só ficam prontas no dia 3, data de abertura da Vila. A cidade de São Paulo poderia sediar o PAN, mas a cidade maravilhosa, com alto índice de assaltos e tiroteios irá sediar.

Em São Paulo os custos seriam menores, haveria mais reformas do que construções. Muito dinheiro gasto, o Maracanã e o Maracanãzinho, foram reformados, no segundo foram gastos 130 milhões de reais, um complexo foi construído no Autódromo de Jacarepaguá, onde teve vários problemas, uma disputa entre a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) e o comitê organizador, quase pôs em risco a construção do complexo, que foram gastos 205 milhões de reais. Foi construído um estádio, batizado de João Havelange, o famoso Engenhão, para 45 mil pessoas, gastos 330 milhões de reais, o término esperado era em fevereiro desse ano, mas o estádio teve sua inauguração num jogo recente, que jogaram Botafogo e Fluminense, com algumas falhas, número insuficiente de banheiros e de lanchonetes funcionando, parte da arquibancada estava sem bancos, mas um ponto bom foi a segurança, que estava em forma.

O PAN 2007 pode ser um fiasco por trás das câmeras, filas na hora de comprar ingressos sem a certeza do retorno esperado, aliás sendo os ingressos numerados, as pessoas irão respeitar os lugares? Pra quem nem iria numerar os ingressos, numerá – los já foi muita coisa. Segurança a todos, alimentação, transporte, limpeza, infra-estrutura, números de banheiros suficientes, uma ambulância para cada 10 mil pessoas, ingressos numerados e outras obrigações, será que o Estatuto do Torcedor irá vingar nesse Pan-americano?

Os jogos serão feitos sem nenhum problema, nada de ruim aparecerá na televisão, o Brasil não mostrará para todo o mundo o fiasco PAN 2007.

Um lado bom desse Pan-americano é a oportunidade dos brasileiros assistirem aos jogos, o aumento de empregos, a rentabilidade movida pelos jogos, com turistas, rede hoteleira e de restaurantes em alta, enfim o Rio de Janeiro já conhecido pela sua beleza, também será sinônimo de esporte, tendo a possibilidade de sediar outros jogos no futuro. A necessidade de ocorrer tudo bem é muito importante, o Brasil esta procurando sediar a Copa do Mundo de Futebol de 2014, os resultados do PAN 2007 moverá montanhas.



Marcelle Alves

marcellealvesa1000@hotmail.com









Reestatização da Companhia Vale do Rio Doce

Ir. Fabiana Mª D. Aranha

Dos dias 30 de junho a 02 de julho, Movimentos Sociais realizaram um Seminário pela Reestatização da Companhia Vale do Rio Doce. Privatizada em 1997 no Governo Fernando Henrique, a Vale é a segunda maior empresa brasileira no mercado.

O processo de privatização sofreu muitos protestos, mas ficou emperrado nas engrenagens da Justiça... Inclusive, o leilão que a efetivou pode ser tomado como uma farsa, quando nos deparamos com o montante que ela gera de lucro ano a ano... Por isso e muito mais, como cidadãos podemos dizer que: "ISSO NÃO VALE!" E fazer valer a VALE!

Figuram como réus no processo reexaminado pelo TRF de Brasília a União, o BNDES e FHC. Em decisão de primeira instância, um juiz federal do Pará havia mandado extinguir o processo. O recurso ao TRF teve como relatora a desembargadora Selene Maria de Almeida, que anulou a decisão de primeira instância, determinando a reabertura do caso. (cf.
http://www.adusp.org.br/)

Fique antenado! Informe-se! Há um movimento lutando por um PLESBICITO para que a VALE volte a ser nossa. Você não pode ficar fora disso! Participar, ISSO SIM VALE!!!

No dia 04 de agosto haverá um dia de formação para quem quiser saber mais sobre o assunto, à Avenida Álvares Ramos, 366 - Belém (Metrô Belém).
QUE VALE É A VALE COM A GENTE!

Fonte: http://www.cnbbn2.org.br/ / http://www.adusp.org.br/

Eu Conheço...

Pedro Almodóvar Caballero



Gabriela Paiva

parafalarcomgabi@gmail.com

( Ler ouvindo Quizás, Quizás, Quizás Sara Montiel , é só clicar no nome da música para ouvir, mas fácil que isso só indo pescar no pesque e pague.)




Ele foi assistente admnistrativo da companhia telefônica estatal, cantor de banda de rock, ator de teatro, mas para alegria geral dos cinéfolos acabou entrando para o cinema. Sua família pertencia a classe proletariada, portanto, nunca pode estudar para isso.


Nasceu em Calzada de Calatrava, La Mancha, Espanha em 1951. Sua família emigrou para Extremadura quando ele tinha oito anos, e lá ele estudou com os Salesianos e os Franciscanos, que lhe ensinaram como perder a fé em Deus, e trouxeram inspiração para escrever o roteiro de Má Educação que foi o 1º filme espanhol a ser escolhido para abrir o Festival de Cannes.


Durante o tempo que morou em Extremadura ele começou a ir ao cinema compulsivamente. Aos 16 anos mudou-se para Madri, sozinho, levando na bagagem coragem e o ideal de estudar e fazer filmes. Mas foi impossível matricular-se na Escola Oficial de Cinema, já que tinha sido fechada recentemente. No entanto isso não o deteu, como faria um verdadeiro discípulo de Dom Quixote de La Mancha, resolveu que, já que não poderia aprender na teoria, iria aprender na prática.


Era final dos anos sessenta, e apesar da Ditadura, para um adolescente Madri era a cidade da Liberdade e Cultura. Trabalhou em inúmeros quebra-galhos, mas foi com o salário recebido na companhia telefonica, que pode comprar sua primeira camâra, uma Super-8. Trabalhou nessa empresa por 12 anos, que foram muito úteis para esse contador de estórias, pois pode conviver com a classe média espanhola no início da era do consumismo, seus dramas e indigência.


Juntou-se ao Grupo de Teatro "Los Gollardos", onde durante dias e noites fez filmes com a sua Super-8. Começou a escrever estórias para Revistas Alternativas. Foi membro da Banda Punck-Rock, “Almodovar e McNamara", onde se apresentava travestido. A sorte marcou presença no lançamento do seu primeiro curta-metragem, a Democracia Espanhola estreou no cenário nacional na mesma época.


Após um ano e meio estréia seu primeiro Longa, “Pepi, Luci, Bom y Otras Chicas del Montón (1980)”. A partir dai, filmar ficou sendo segundo vício dominador, ele dedicou-se a escrever e dirigir seus filmes. Suas películas são sempre muito vivas, e exibidas em todo o mundo.


Suas vivencias ulteriores trazem consigo a produção de Labirinto de Paixões (1982), Matador (1986), Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988), indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, sendo o filme estrangeiro de maior bilheteria nos Estados Unidos no ano de 1989, e o filme espanhol de maior sucesso em todos os tempos. Seguindo sua carreira com Ata-me! (1990), Carne Trêmula (1997) e o grande sucesso mundial Tudo Sobre Minha Mãe (1999), que venceu o Oscar na categoria de Melhor Filme Estrangeiro e lhe rendeu vários prêmios e indicações em todo mundo, consagrando Almodóvar no cenário da sétima arte.


Seu novo filme, Volver, que foi recentemente lançado no Brasil, conta no seu elenco com as participações de Penélope Cruz e Carmen Maura. Dizer que se trata de um filme sensível seria pleonástico já que se trata de uma caraterística de Almódovar, Volver é um trabalho de um diretor maduro, que sabe o que pôr em cena. Pode não ser o melhor filme, eu particularmente prefiro Fale com ela (em que a trilha sonora de Alberto Iglesias ecoou pungentemente os acordes sublimes de sua música no meu córtex cerebral), mas com certeza é um de seus melhores trabalhos.

Vale a pena conferir! Fora Almódovar, só Chico Buarque para entender tão bem a alma feminina.

Curiosidades:
- Carmem Maura já atuou em 7 filmes do Almódovar: Pepi, Luci, Bom y Otras Chicas del Montón (1980), Maus Hábitos (1983), Que Fiz Eu para Merecer Isto? (1984), Matador (1986), A Lei do Desejo (1987) e Volver (2006).
- Caetano Veloso deu o ar de sua graça em Fale com ela cantando Cucurrucucú Paloma .


- Foi o primeiro espanhol a ser indicado ao Oscar de melhor diretor.


- Ganhou o Prêmio Oficial da Ordem das Artes e Letras do Ministério da Cultura Francês.

Fontes de Pesquisa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_Almod%C3%B3var
http://www.allmodovar.com.br
http://www.adorocinema.com.br/



quarta-feira, 11 de julho de 2007

Mural Cultural

Foto: Thamata Barbosa

Ariane Castelo
O mês das férias começa animado com a chegada em São Paulo do Anima Mundi, o festival passa pelo Rio antes e fica aqui de 11 a 15 desse mês no Memorial da América Latina, serão exibidos clássicos de Normam Maclaren entre outras animações, a entrada no evento é $6, e pode ser livre, da pra consultar no site animamundi.com.br

Agora posso dizer que sou Cinéfila de carteirinha, o HSBC Belas Artes tem um programa chamado CineClube, o associado paga meia-entrada pra assistir todo mês (a cada semana uma "estréia") uma coletânea com clássicos do cinema entre outras vantagens.

Continuando no cinema, que está recheado de estréias franceses e de amor, chega esse mês Paris, te amo, 21 diretores contam cada um uma história que se passa em diferentes bairros da amada Paris, cada um mostra um olhar sobre a cidade luz.

Em Quatro Estrelas, uma professora recebe uma herança e viaja a Riviera Francesa onde conhece um estranho empresário. Já No Calor do verão, um homem rude se envolve com uma jovem sedutora num acampamento de verão. Pra fechar a coletânea particular de estréias, Medos privados em Lugares públicos de Alain Resnais expõe a vida de seis pessoas distintas com um único objetivo: o Amor, também em Paris.

Quem não gostar da minha coletânea pode conferir a Mostra de Cinema Francês da Sala Cinemateca, e se perder na hora de decidir qual dos mais de 20 filmes ver.

Ainda em cartaz no Bar Teatrix, que fica na Peixoto Gomide, a duas quadras da Paulista, está a peça 121.023J . Gostei da forma intimista dessa história onde um garoto sai pra comprar pão e nunca mais volta pra casa. A história é baseada na vida do pai da autora que sobreviveu a campos de concentração na Alemanha, e corre-se o risco de encontrá-lo numa participação especial.$20, estudante paga meia.

Vou fechar essa coluna indicando uma exposição fotográfica chamada Dear Sarajevo, em cartaz na Caixa Cultural. O jornalista Fernando Costa Netto fotografou a capital da Bósnia-Herzegovina em dois períodos 1993, 1994 e 2006, no primeiro Fernando mostra uma cidade cheia de história destruida por uma guerra que poucos de nós ouvimos falar já no segundo período a mesma cidade surpreendentemente 12 anos depois com cara de metrópole, cheia de vida. É impressionante ver o antes e o depois de uma guerra.Meu selo ímpar esse mês sem dúvida vai pra essa esposição. Mas além dela há outros eventos na Caixa Cultural, a maioria com entrada gratuita.


Ótimas Férias!


Ariane Castelo

terça-feira, 19 de junho de 2007

Trabalho?? Para quem??


Ir. Fabiana Mª D. Aranha,

Quando foi que seus pais começaram a trabalhar?
E você, começou a trabalhar com quantos anos?

A diferença das respostas que um único leitor hodierno venha a dar a estas duas simples, embora não ingênuas indagações, por si só já são bastante reveladoras. Questões que dizem respeito ao modo de viver das pessoas sofreram mudanças incontáveis no decorrer de 20 anos.

Alguns, pertencentes a uma geração de “velha guarda”, de certo se recordarão de haver iniciado suas atividades remuneradas em idades bastante temporãs. Quantos não tiveram sua infância tolhida em razão de “ajudar a família”? E haverá muitos que agradeçam por isso, uma vez que esse modo de trabalhar perpassa suas relações, sejam de trabalho, sejam pessoais e familiares.

Contudo, não é por este horizonte, ao nosso ver horizonte histórico, que queremos desenhar estas linhas. Sinta-se o leitor convidado a revestir-se de lentes, não as de grau, como costumamos usar nos óculos, nem a de “achismos”, mas dessas lentes da qual fazemos uso, que são a experiência de uma formação em Serviço Social e de uma Vida Consagrada. Queremos trazer à tona alguns aspectos que o Estatuto da Criança e do Adolescente, mais conhecido como ECA, pondera a respeito da questão TRABALHO, atendo-nos ao Capítulo V, artigos 60 a 69.

O ECA prescreve que nenhuma criança ou adolescente pode trabalhar antes dos 14 anos, exceto na condição de aprendiz (cf. art.60). Igualmente garante o direito de acesso ao ensino regular, além de vedar, em quaisquer condições, o trabalho noturno[1], insalubre, perigoso e penoso, realizado em locais prejudiciais à formação e ao desenvolvimento físico, psíquico, moral e social da criança e/ou adolescente, em horários e locais que dificultem ou impeçam a freqüência à escola (cf. art. 63 e 67).

Assim sendo, segundo a letra da Lei, nosso olhar não pode permanecer indiferente ante incontáveis crianças e adolescentes, de ambos os sexos e distintas idades, que nos abordam nas esquinas e semáforos, seja limpando os vidros de nossos automóveis, fazendo malabarismos, vendendo guloseimas... Essas ações, embora entendidas como TRABALHO pelo senso comum, são na verdade, formas, muitas vezes sutis, de exploração.

Estamos de acordo com aqueles que venham a argumentar que o trabalho assalariado igualmente consiste em exploração da mão de obra. Sim. Mas as atividades acima descritas, realizadas por sujeitos que ainda não atingiram a maioridade, e muitas vezes sequer chegaram à adolescência, não só exploram sua mão de obra, mas tiram-lhes o direito de estudar, de brincar, de ser o que lhes corresponde nesse idade, impondo-lhes um fardo notadamente pesado a curto, médio e longo prazos.

Aqueles mesmos que à primeira indagação que abre estas poucas linhas, tenham se sentido contemplados por uma atividade de trabalho que começou muito cedo, às vezes por volta de seis ou sete anos, talvez se manifestem como fortes defensores do trabalho infantil, como forma de garantir a formação de “homens e mulheres de bem”. Para os que tiverem desperta esta inquietude, vale ressaltar que o ECA não desaprova que adolescentes realizem trabalho. Desde que na condição de aprendizes, implica, impreterivelmente, que o acesso à educação formal seja garantido, que a atividade realizada seja compatível com o desenvolvimento do adolescente e que haja um horário especial para a realização destas mesmas atividades. Por último, embora não menos importante, a condição de aprendiz deve garantir que haja um profissional daquela atividade que ensine e responda por aquela atividade e que esta, preferencialmente, capacite o adolescente à atividade regular remunerada (cf. art. 68 e 69).

Numa sociedade desigual como a nossa, onde as discrepâncias sociais são tantas, onde não há vida para todos, nem casa para todos, nem educação para todos, nem trabalho para todos, nem moradia para todos... ou seja, onde os direitos fundamentais são violados constantemente, nesta sociedade composta por muitos, inclusive por você, caro leitor e por mim, o que esperamos dessas crianças e adolescentes que se vêm lançados à exploração de sua força de trabalho com tão pouca idade, sem direitos básicos protegidos e assegurados?
Que esperamos?

Não reclamemos, portanto, dos frutos que colhemos... Ou se de fato esta situação nos incomoda, e almejamos uma sociedade mais justa e mais equânime, não lavemos nossas mãos ante esta situação. Mas sejamos valentes o suficiente para, desde o lugar em que ocupamos como cidadãos, podermos exigir e lutar por melhores condições de vida, que garantam que crianças possam ser crianças, que adolescentes possam ser não só o futuro de políticas públicas, mas seu foco no presente.

Eu aposto e sonho com esse mundo melhor! Estas linhas, são uma pequena contribuição ao debate que está posto. E você, o que pensa?


[1] Entende-se por trabalho noturno aquele realizado das vinte e duas horas de um dia às cinco horas do dia seguinte.



Ir. Fabiana Mª D. Aranha,
Religiosa de Maria Imaculada,
graduada emServiço Social pela PUCSP.
e-mail: fmdaranha@yahoo.com.br

Alguns pontos acerca do Trabalho Infantil

Nara Lucia Costa Gomes

Ser criança é sinônimo de brincar, estudar e aprender, concorda? O trabalho infantil é prejudicial para as crianças pois impede que elas aproveitem a infância, que freqüentem a escola, que se desenvolvam e tenham boa educação e, às vezes, causa sérios problemas físicos ou psicológicos que duram para o resto da vida. A Organização Internacional do Trabalho (OIT Brasil), é o órgão responsável pela justiça social, ou seja, pela garantia de direitos iguais pra todos. Desde a Segunda Guerra Mundial, a organização luta para combater o trabalho infantil. No entanto, ainda existem dois milhões e novecentos mil crianças e adolescentes, entre 5 e 15 anos, trabalhando no Mundo.

Para reduzir o trabalho infantil é preciso ter uma abordagem integrada que identifique as crianças que trabalham, sensibilize a sociedade sobre os danos morais, físicos e intelectuais do trabalho infantil, adapte as escolas para receber essas crianças, ofereça atividades culturais, esportivas, educativas e de lazer a elas e compense a redução da renda familiar.

O governo federal criou o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI –, que visa erradicar o trabalho infantil por meio do financiamento de bolsas-escola, do desenvolvimento das jornadas ampliadas de atividades extra-escolares para crianças oriundas do trabalho infantil e de programas de capacitação e geração de renda para seus país. Em 15 anos, o Brasil conseguiu reduzir pela metade o número de crianças de 5 a 17 anos exploradas nas lavouras, carvoarias, nos lixões, na produção de sapatos. O PETI, criado em 1996, atende hoje 931 mil crianças, garantindo às famílias de baixa renda uma bolsa mensal para que mantenham suas crianças na escola. Municípios que participam do PETI precisam ainda oferecer atividades de cultura, esporte e reforço escolar às crianças do programa. É importante ainda combater formas de exploração do trabalho infantil especialmente difíceis de serem erradicadas ou de pouca visibilidade. Dentre essas formas, estão o trabalho infantil doméstico e a exploração sexual comercial de crianças e adolescentes.

Na área da exploração sexual, a UNICEF apóia a realização de pesquisas e estudos que permitam entender a gravidade do problema e definir programas a serem implementados. No entanto, a responsabilidade principal da política, legislação, estratégias e ações orientadas para eliminar o trabalho infantil são de missão governamental. O trabalho infantil deve ser eliminado, em particular nas suas manifestações mais intoleráveis, por não ser consistente com a ética de uma sociedade democrática que objetiva a eqüidade e a igualdade de oportunidades para todos os seus cidadãos. O problema está associado, embora não seja restrito, à pobreza, à desigualdade e à exclusão social existentes no Brasil, mas outros fatores de natureza cultural, econômica e de organização social da produção respondem também pelo seu agravamento. Há, de forma diferenciada no país, uma cultura de valorização do trabalho que insere crianças na força de trabalho com o objetivo de retirá-las do ócio e da possível delinqüência. Por outro lado, existem fatores vinculados a formas tradicionais e familiares de organização econômica, em especial na pequena produção agrícola, que mobilizam o trabalho infantil. É importante que todas as nações estejam conscientes do desafio imposto, estabelecendo uma estreita cooperação com as instituições internacionais e as organizações não-governamentais, de forma que se erradique o trabalho infantil em todas as partes do mundo. Entretanto, antes que se chegue a uma era onde não mais exista esse tipo de trabalho, é necessário compartilhar experiências e fortalecer a vontade política de todas as nações, para que se plasme um mundo melhor onde a docilidade infantil não seja a base de uma exploração que comprometa, no ponto de partida, a realização de toda uma vida. O Brasil, neste particular, resgatou a capacidade de escolher o futuro e de sonhar. E o sonho é retirar as crianças da rua e do trabalho.

Nara Lucia Costa Gomes
Residência Maria Imaculada
e-mail: naralucia86@yahoo.com.br

Eu conheço.....

A historia de um herói brasileiro!


Paola Ma. Sánchez



De um herói de verdade, não daqueles falsos heróis, instantâneos,que a mídia quer fabricar!!!

Eis a historia:
Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes (Xapuri, 15 de dezembro de 1944 — Xapuri, 22 de dezembro de 1988). Seringueiro, sindicalista e ativista ambiental brasileiro, lutou contra a extração madeireira e a expansão dos pastos na Amazônia.

Fundador do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia (1975) e de Xapuri (1976), Chico Mendes participa ativamente das lutas dos seringueiros para impedir desmatamentos. Em 1977, transforma a Câmara Municipal num grande foro de debates entre lideranças sindicais, populares e religiosas, sendo por isso acusado de subversão e submetido a duros interrogatórios. Em dezembro do mesmo ano, Chico é torturado secretamente. Sem ter apoio, não tem condições de denunciar o fato.

Fundador e dirigente do Partido dos Trabalhadores no Acre, Mendes participa dos comícios na região juntamente com Lula. Ainda em 1980, Chico Mendes é enquadrado na Lei de Segurança Nacional, a pedido dos fazendeiros da região que procuravam envolvê-lo com o assassinato de um capataz de fazenda.

Em outubro de 1985, lidera o 1º Encontro Nacional dos Seringueiros. A partir de então, a luta dos seringueiros, sob a liderança de Chico Mendes, começa a ganhar repercussão nacional e internacional, principalmente com o surgimento da proposta de "União dos Povos da Floresta", que busca unir os interesses de índios e seringueiros em defesa da floresta amazônica, propondo ainda a criação de reservas extrativistas que preservam as áreas indígenas, a própria floresta, ao mesmo tempo em que garantem a reforma agrária desejada pelos seringueiros.

Em 1987, Chico Mendes recebe a visita de alguns membros da ONU, em Xapuri, que puderam ver de perto a devastação da floresta e a expulsão dos seringueiros causadas por projetos financiados por bancos internacionais. Dois meses depois, Chico Mendes levou estas denúncias ao Senado norte-americano e à reunião de um banco financiador, o BID. Trinta dias depois, os financiamentos aos projetos devastadores foram suspensos e Chico acusado por fazendeiros e políticos de prejudicar o "progresso" do Estado do Acre. Meses depois, Chico Mendes começou a receber vários prêmios e reconhecimentos, nacionais e internacionais, como uma das pessoas que mais se destacaram naquele ano em defesa da ecologia, como por exemplo o prêmio "Global 500", oferecido pela própria ONU.


Durante o ano de 1988, Chico Mendes, cada vez mais ameaçado e perseguido, continuou sua luta percorrendo várias regiões do Brasil, participando de seminários, palestras e congressos, com o objetivo de denunciar a ação predatória contra a floresta e as ações violentas dos fazendeiros da região contra os trabalhadores de Xapuri. Por outro lado, Chico participou da realização de um grande sonho: a implantação das primeiras reservas extrativistas criadas no Estado do Acre. A partir daí, agravaram-se as ameaças de morte, como o próprio Chico chegou a denunciar várias vezes, ao mesmo tempo em que deixou claro para as autoridades policiais e governamentais que corria risco de vida e que necessitava de garantias, chegando inclusive a apontar os nomes de seus prováveis assassinos. Em 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes foi assassinado na porta de sua casa. Chico era casado com Izamar Mendes e deixou dois filhos, Sandino e Elenira.

Anos depois, o Presidente Lula sancionou: "Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei 10.952/2004: Art. 1º. Será inscrito no "Livro dos Heróis da Pátria", que se encontra no Panteão da Liberdade e da Democracia, o nome de Francisco Alves Mendes Filho, o Chico Mendes, líder seringueiro. Brasília, 22 de setembro de 2004, Luiz Inácio Lula da Silva".

Chico Mendes é um herói mesmo, não porque Lula sancione uma lei, não porque seja um ícone da luta sindical, não por ter ganho prêmios e reconhecimentos internacionais, também não é um herói por ter sidoi assassinado...nem por isso! Para mim, Chico Mendes é um herói porque teve o bom censo de não se conformar com aquilo que estava errado e teve a coragem de assumir uma causa que ia muito além de seu beneficio pessoal.

É um herói porque teve uma causa, teve uma luta e teve a disposição não só de morrer por essa causa... mas de viver para essa luta!

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Página_principal. Aceso em Maio de 2007

Musicas na homenagem do Chico Mendes:
http://www.youtube.com/watch?v=20YDYHNyZl4
http://www.youtube.com/watch?v=y_dTXf2_4cM

Paola Ma. Sánchez

Residência Maria Imaculada

e-mail: sanmart_11@hotmail.com

Mural Cultural

Ariane Castelo
arianecastelo@gmail.com

Em nome do meu idílio a essa terra farta de artistas, resolvi que esse mês essa coluna seria verde e amarela.

Comecei pela exposição Vibrações, em cartaz até 22/6 no Espaço Cultural Citi, entre pinturas e esculturas super coloridas do pernambucano Romero Britto, uma reprodução encantadora do Abapuru de Tarsila do Amaral.

Continuando o garimpo – e como eu não poderia deixar faltar – fui levada outra vez, depois de Ó Paí, Ó à Salvador no filme Esses Moços; na trama duas meninas de rua encontram um senhor desmemoriado e entram na vida dele como netas. Pode tratar de mostrar uma realidade mas o roteiro é fraco o que o torna cansativo.

Persistente, fui mais longe: Um povoado na mata pernambucana, lá se passa o drama onde a condição da mulher é o tema central no segundo longa de Claudio Assis, Baixio das Bestas. Saí estarrecida da sala e com a impressão de que essa realidade crua e nua é também única.

Ainda esse mês direto do 11º Festival cine PE ( terra boa!) onde ganhou prêmio de melhor filme estréia Cão sem Dono. Pelo visto promete fazer jus às cores dessa coluna.

Pra variar conheci um lugar chamado Espetaria Porto Paulista, fica na Dr. Arnaldo, encostado na Paulista, além de diversas opções de espetos diariamente, no cardápio tem também MPB ao vivo sextas e sábados. O atendimento é excelente e não é cobrado a mais por isso.

Tem verde, amarelo e é grátis: o programa Curta Petrobrás às 6: diariamente são exibidos no Espaço Unibanco curtas nacionais com entrada franca às 18h, esse mês tem Quem você mais deseja, Pobres-diabos no paraíso e Véio, entre outros.

Entre 1/6 e 15/7 acontece a 2ª Mostra Ágora de Teatro (ingresso R$10,00), entre as peças exibidas estão Um ou Dois Contos de Machado de Assis e Sonho de um Homem Ridículo de Dostoievsky.

Pra fechar, esse é o mês das festas Juninas, não precisa dançar quadrilha pra aproveitar o bom delas (os deliciosos pratos típicos, na minha opinião). A 86ª Edição da Festa de São Vito Mártir já está rolando aos sábados e domingos no bairro do Brás, e nos meses seguintes acontecem outras grandes como a de Nossa Senhora da Achiropita e a de San Gennaro, respectivamente na Bela Vista e Moóca.

Bom inverno a todos!
Ariane

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Boicote



VOCÊ TEM O DIREITO DE OPTAR.


As árvores centenárias da Amazônia estão sendo derrubadas para, que as áreas sejam utilizadas como campos de soja.
A floresta é enxergada como um impedimento ao progre$$o, como uma área a ser vencida e conquistada.
Empresas multinacionais estrangeiras, Bunge e Cargill , principais causadoras dessa agressão, atuam de maneira irresponsável sem estudos de impactos sócio ambientais, e desobedecendo a Constituição brasileira.
Mesmo depois do sangue de Chico Mendes e de tantas alianças dos povos da floresta pra mantê-la em pé, mesmo depois de inúmeras sagas cheias de heroísmo , morte e paixão pela Amazônia a floresta está sendo devastada.
A liderança de vendas no mercado brasileiro dos produtos fabricados por essas empresas, é um atestado de nossa incapacidade de compreender a delicadeza e a instabilidade do eco-sistema amazônico, e como tratá-lo.
Ajude a dar um basta a essa situação, não seja mais um consumidor que sustenta essas empresas que ameaçam a biodiversidade da Amazônia.

Boletim Ímpar


Estamos aqui para te provocar!
Segunda Edição
Conselho Editorial
Gabriela Paiva e Paola Sánchez
Colunistas
Ariane Castelo
Colunistas Convidadas
Nara Lucia Costa Gomes
Corretora de Textos
Ir. Fabiana Aranha, rmi
Designer do Logotipo
Karen Garcia
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Sugira, reclame, esperneie, anúncie, assine

consciencia_inquieta@yahoo.com.br



Mural Cultural

Ariane Castelo




Viver é uma arte, com pouca grana
quase um milagre.

Por essas, e outras fui intimada a selecionar uma rota cultural paulistana que coubesse no bolso, e a sintetizá-la nessa coluna. Aqui estou!

Começando pela 7ª arte O Cheiro do Ralo mostra nitidamente quando pouco é muito, produzido na raça, com pouca grana e sem patrocínio é o segundo longa do pernambucano Heitor Dhalia. O filme conta a história de um colecionador de bugigangas obcecado por uma bunda, um
olho e o cheiro que vem do ralo no seu banheiro.

Dois desconhecidos passam uma noite Na Cama no filme do chileno Matías Bize. Os atores são ótimos e vale pelo roteiro super divertido.

Maria Antonieta, a Madame Déficit como ficou conhecida, morreu na guilhotina, e, no entanto Sophia Coppola achou que figurino e locações seriam o bastante no seu filme. Erro! Tal como o Rei Xerxes (Rodrigo Santoro) na terra dos tanquinhos no 300.

Em O Hospedeiro, terror sul-coreano uma garota é levada por um monstro e sua família faz de tudo para resgatá-la após descobrirem que está viva. Terror sem igual.
Inaugurada junto com a nova Avanhandava, a galeria Calligraphia abriga a mostra Certos Recortes, entre as obras O pensador de Ozéas Duarte merece um
selo Ímpar.
A partir de 16/5 o Salão Cultural da FAAP abre suas portas (entrada franca)
à mostra Rockers com curadoria do Supla que traz grande acervo de fotografias do
respeitado fotógrafo do Rock and Roll, Bob Gruen.

Clarice Lispector pode ser visitada até
3/9 (grátis aos sábados) na exposição A Hora da Estrela no Museu da Língua Portuguesa. Já na Casa das Rosas o espetáculo Jardim de Rosas Mudas é inspirado em textos da artista.

Pela primeira vez parte do acervo do Museu de Solidariedade Salvador Allende, no Chile é exposto num outro país. Todas as obras que integram a mostra Estéticas, Sonhos e Utopias dos artistas do mundo pela liberdade e do museu, são doações de artistas de diversos aíses inclusive Brasil.

Pra fechar: Um lugar, na platéia, Daniéle Thompson com Cécile de France tem estréia prevista pra esse mês nas telonas.

é só o começo!


Ariane Castelo Colunista do Ímpar e moradora da Residência Maria Imaculada – Ipiranga - São Paulo- S.P
Dará dicas e informações sobre cinema, teatro, exposições e demais acontecimentos culturais em São Paulo.
arianecastelo@gmail.com

Para onde vão...

As latinhas

Paola Sánchez


O lixo é considerado resíduo sólido gerado pelas atividades humanas. Boa parte destes podem ser reciclados, gerando muitos benefícios. Quando destinamos o lixo para locais próprios e adequados estamos contribuindo para garantir a qualidade do meio ambiente. Porém, o importante não é somente a proteção do meio ambiente, o lixo também pode gerar economia de recursos naturais e contribuir com o crescimento econômico. O alumínio pode ser aplicado de diversas formas: na fabricação de grades, janelas, telhas, panelas, artigos eletrônicos etc. O alumínio é 100% reciclável, podendo ser aproveitado infinitas vezes, sem perda de qualidade. Reciclar materiais, especialmente as latas de alumínio produz inúmeros benefícios ambientais como: preservação dos recursos naturais, diminuição da poluição do ar e das águas e diminuição da quantidade de resíduos a serem aterrados; e sociais como: diminuição da agressão ao meio ambiente, contribuição no aumento de renda de famílias carentes e benefícios a entidades assistenciais. Na área econômica, sem precisar de grandes investimentos, a reciclagem aumenta os recursos da economia local, gera empregos e fonte de renda para mão de obra não qualificada, além de economizar energia elétrica. A reciclagem do alumínio beneficia então, a comunidade e o meio ambiente.
Mas, o que acontece com as latinhas?. Após a coleta das latinhas de alumínio em um prazo de menos de dois meses a nova lata de alumínio retorna para as prateleiras dos supermercados.





1-2. Depois de usada, a lata é levada aos postos de coleta pelos catadores.
3. Nesses locais as latinhas são prensadas em fardos.
4. Em seguida, são enviadas para o Centro de reciclagem, onde as
latas são lavadas e é retirado o verniz, a tinta e o óleo.
5. Após a limpeza, as latas são transformadas em alumínio liquido.
6. O alumínio liquido é transferido para a área de refusão, e é
solidificado em forma de placas.
7. As placas são laminadas e são usadas como matéria prima na
fabricação de novas latas de alumínio.
8. De volta às fábricas de bebidas, as latas são enchidas novamente.

O campo da reciclagem de alumínio é amplo e proporciona meios de sobrevivência para muitos, desde simples catadores que recolhem pequenas quantidades, até a grandes empresas que lucram economizando energia para gerar alumínio primário. Outro aspecto importante na reciclagem se refere ao meio ambiente, a decomposição natural de uma lata de alumínio pode demorar mais de 1000 anos!! Por isso é importante a conscientização da população em destinar os resíduos para locais adequados. Reciclar não custa nada para nós! Por isso, se você não gosta de catar latinhas, pelo menos não as jogue nos locais inadequados, com certeza sempre vai ter um recipiente de reciclagem por perto.



Fonte:

- “Lixo Urbano e Reciclagem de latas de alumínio” por Valeria Cristina Soares Moreira.


Paola Ma. Sánchez M., é bióloga, co-fundadora do Impar e integrante do Conselho Editorial. Moradora da Residência Maria Imaculada – Ipiranga- São Paulo- S.P.
sanmart_11@hotmail.com

O que é...


Engenharia Ambiental


Paula Ramos



Desde o início dos tempos o homem tem estudado sobre o meio em que vive e como promover uma forma mais confortável para sua sobrevivência.

Muitas profissões surgiram e foram de extrema importância para o desenvolvimento da humanidade. Desde as especializações em artes até as engenharias possibilitaram que pudéssemos viver com confortos que o mundo atual oferece.

A grande evolução das profissões ocorreu durante as revoluções industriais ocorridas na França e na Inglaterra, e também durante as guerras mundiais. As transformações no ambiente, causadas pelos empreendimentos de engenharia, geram impactos positivos, sobretudo pelos benefícios sócio-econômicos decorrentes. Entretanto, geram também impactos negativos, pelas alterações provocadas ao meio físico por processos de poluição nos meios atmosférico, aquático e terrestre, além das alterações no meio social, que proliferaram uma forma de sub-existência para algumas pessoas.

Com o passar do tempo o homem pode perceber que alguns recursos que o meio ambiente oferecia não era renováveis, ou seja, se fossem integralmente consumidos seriam extintos. Além do que alguns outros têm a recuperação muito lenta, muito mais lenta do que pode acompanhar um ser humano em sua vida.

Devido a isso houve uma preocupação em limitar o consumo e evitar a poluição dos meios. Assim surgiram leis que regulamentavam a instalação de fábricas. Para que fosse atendido aquilo que a legislação pedia e para preservar o meio ambiente de uma forma que fosse saudável a vida nele, mas que ainda assim fosse rentável e houvesse mais desenvolvimento surgiu um novo pensamento “o desenvolvimento sustentável” e para que este pudesse ser aplicado uma nova profissão surgiu, “a Engenharia Ambiental”.

Através da Engenharia Ambiental, busca-se a capacitação profissional para a elaboração do Plano de Gestão Ambiental. Este consiste de um conjunto de medidas de ordem técnica que asseguram que um empreendimento seja implantado, operado e desativado em conformidade com a legislação ambiental, a fim de minimizar os riscos ambientais e os impactos negativos, além de maximizar os positivos.

Assim um engenheiro ambiental pode ter vários focos onde atuar, para garantir o uso adequado dos recursos oferecidos pelo meio, evitar que haja uma contaminação exagerada, e também corrigir ou minimizar os impactos já existentes. Veja alguns trabalhos:
- Estações de tratamento de água e esgotos;
- Investigação ambiental;
- Análise de Risco e Remediação;
- Licenciamento Ambiental ;
- Planejamento urbanístico;
- EIA / RIMA (Estudo de Impactos Ambientais / Relatórios de Impactos Ambientais).
entre diversas outras situações.

Além das questões puramente técnicas, o engenheiro ambiental deve tratar de questões sócio-econômicas antes de desenvolver seu trabalho, pois além do meio ambiente a população também pode sofrer com os impactos trazidos pelos empreendimentos realizados pelo homem. É bom lembrar que uma equipe de meio ambiente é sempre composta por diversos profissionais que tem a visão pontual sobre cada assunto, como químicos, biólogos, geólogos, sociólogos, engenheiros florestais ou agrônomos, entre outros. E que cabe ao Engenheiro ambiental ter uma visão macro da situação e conseguir gerenciar cada ponto do trabalho.

Além do Engenheiro Ambiental existe o Gestor Ambiental e o Tecnólogo Ambiental, o primeiro está mais voltado à área social e de qualidade normalmente se especializando à ISO14000 e fazendo a implantação dela e o tecnólogo ambiental é mais específico à área técnica.


Fontes:







Paula Ramos da Silva, Moradora da Residência Maria Imaculada – Ipiranga - São Paulo- S.P. É Tecnóloga Ambiental, em formação Engenharia Ambiental

Eu conheço ...

O Pará
J. Vidovix

Para ser sincera, quando me convidaram para escrever algo sobre a região paraense eu realmente não sabia o que escrever. Aliás, eu ainda não sei o que escrever, pois essa região é
tão rica (em todos os aspectos) que fica super difícil fazer jus a tudo o que há nessa terra mágica. Essa terra do vatapá, do boi bumbá e das florestas encantadas. Lembrando da minha vida na época em que eu morava lá só posso dizer das saudades que sinto de tudo e todos que eu deixei para trás.

O Pará é um lugar único! A terra das grandes celebrações religiosas como o Círio de Nazaré, onde fiéis de todas as regiões se concentram na capital para celebrar todas as graças concebidas por Maria. A terra do Boi-Bumbá, das belas mulheres, da Caiaporanga que invoca a vinda dos Bois Caprichoso e Garantido num ritual contagiante acompanhado de danças exóticas e um ritmo muito estimulante. A magia do Boto-cor-de-rosa que se transforma em um belo macho que seduz as belas moças das populações ribeirinhas, também é encontrada lá. Além disso temos a lenda da Iara, Vitória Régia, Cobra-Grande entre muitas outras.

Essa região de fantasias, influenciada por todos os imigrantes que lá viveram, que foram em busca das promessas da Terra Prometida, é muito visível em Belém. A influência Européia
está fortemente vinculada ao poder dos grandes donos de seringais
do século XVIII.

A imponente estrutura do Teatro da Paz é uma amostra visível da influencia Greco-Romana com as pinturas no estilo Barroco e as grandes referências à mitologia grega, sendo Apolo a
inspiração do arquiteto construtor do mesmo.

Além dessa cultura européia, a capital da cidade goza de uma estrutura muito peculiar, tendo todas suas avenidas arborizadas, porém não são árvores comuns e sim mangueiras. Sim
MANGUEIRAS! Não preciso citar o que acontece com os carros que ficam estacionados em baixo dessas arvores na época frutífera (risos).

Bem, além de toda essa diversidade cultural o Pará é um pequeno Inferno Verde. Uma região de um calor Dantesco, e de muitas riquezas naturais assim como o minério de ferro, bauxita, manganês e cobre. Com uma flora e fauna típica, que gera o sustento de milhares de famílias que vivem a base do extrativismo vegetal e animal, (caso das populações ribeirinhas, que vivem próximas aos igarapés e sobrevivem da pesca). A extração de
recursos naturais, como açaí também é uma forma de sobrevivência
para muitas famílias.

O Pará realmente é um lugar digno de se conhecer, pois é mesmo maravilhoso, com pessoas batalhadoras que vivem com aquilo que a natureza lhes proporcionam sem atingir drasticamente
o meio ambiente. Infelizmente nos últimos anos esse quadro mudou muito. Com a enorme exploração de madeira e a entrada de grandes multinacionais na região as pessoas estão perdendo essa fonte de sobrevivência provinda da natureza.

Sinto enormes saudades dessa região e da época em que lá vivi e muitas traquinagens fiz. Mas enfim, vamos pular essa parte. Essa região brasileira realmente vale um pouquinho de
atenção, e quem sabe uma visitinha, para comer um “vatapá” ou um “pato no tucupi”, “patuá” ou até mesmo o famoso “açaí” que todos nós conhecemos.

Realmente o Pará é uma terra única que eu guardo com muito carinho na parede do pensamento, e que me faz sentir saudades de toda a sua peculiaridade.

A Amazônia para todos

Carmem S. Viana Guimarães


A Amazônia está localizada na América do Sul, onde a floresta tropical cobre grande parte dela, que também se chama Floresta Equatorial da Amazônia. Possui o
maior rio do mundo, o rio Amazonas e estende-se por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. No Brasil, para efeitos de overno e economia, a Amazônia é delimitada por uma área chamada Amazônia Legal. Ela ocupa 49,29% do território brasileiro, sendo o maior bioma terrestre do país, onde é constituída pelos ecossistemas que estão distribuídos em 23 eco-regiões, abrangendo os estados do Acre, Amapá,
Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso, além de incluir também zonas de transição com os biomas vizinhos, cerrado, caatinga e pantanal. (Wikipédia, a enciclopédia livre).
Atualmente, a Amazônia está no centro das atenções e dos interesses do mundo, por causa de sua grande floresta tropical, sua rica biodiversidade, seus recursos naturais, as riquezas do seu subsolo e as imensas extensões de suas terras ainda inexploradas. Muitos interesses econômicos, pequenos e grandes, estão voltados para a Amazônia.

Tem sido causa de preocupação em relação aos danos que a região tem recebido de atitudes irresponsáveis e egoístas do homem, danos esses considerados irreversíveis a esse grande patrimônio, que é do mundo inteiro. Os cientistas e técnicos apresentaram recentemente relatórios alarmantes sobre o processo do aquecimento global de nosso planeta Terra, que foi causa da “insensatez do Homem na exploração e no uso dos recursos naturais.”

A humanidade precisa tomar urgentemente uma nova postura, diante da atual situação ambiental. É necessário que se tenha ética para conviver com a natureza no sentido de se ter responsabilidade no zelo por ela. Todos nós deveríamos entender que a natureza deve ser um bem não apenas para uns, mas para todos nós seres humanos, especialmente para as nossas futuras gerações.
Cuidar da Amazônia, esse rico berço de vida, é tarefa de todos os brasileiros, dos amazônidas e nativos destas terras aos habitantes das metrópoles do Centro-Sul, ou do Nordeste do Brasil. A depredação da Amazônia e de qualquer outro ambiente de vida deveria causar a firme repulsa de todos os brasileiros e seu forte clamor para que asautoridades competentes ponham em ação
políticas públicas capazes de conter a destruição e de promover o respeito pelas condições de vida do nosso Planeta. (Rocha, CNBB).

O mundo precisa mudar precisa repensar os seu estilo de vida, consumista e inconsequente que resulta na destruição dos recursos naturais e das condições de vida da Terra. Esse novo estilo precisa ser responsável, mais sóbrio, voltado para as necessidades essenciais, desestimulando o supérfulo que destrói a natureza e enche o mundo de lixo.

Enfim, precisamos nos converter a um estilo de vida baseado na simplicidade, no respeito e no cuidado com o outro valorizando o bem maior que Deus nos deixou:

a natureza


Fontes:
- Site CNBB:Artigo Delcio Rocha (P0r Dom Odilo Pedro Scherer, Bispo Aux. de São Paulo, Secretário- Geral da CNBB, Revista Eco 21 n°123)
- Revista Veja- Especial Amazônia
- Wikipédia, a enciclopédia livre.


Carmem S. Viana Guimarães é Arquiteta Urbanista, Esp. Arte Sacra. Morou na Residência Maria Imaculada- Ipiranga- São Paulo- S.P- em 2005


Amazônia a venda



Quem paga o preço?

Gabriela Paiva

Segundo pesquisas recentes, cercade 1,2 milhão de hectares de floresta (o equivalente a metade do Estado de Sergipe) já foram destruídos para serem utilizados como campos de soja. Uma área que se estende desde o Norte do Mato-Grosso às margens doRio Amazonas, no Pará.

As três maiores empresas que atuam nessas terras são multinacionais estrangeiras - Cargill, Bunge e A.D.M.

A norte americana Cargill construiu um Porto de cargas de grande porte em Santarém, no Pará, ilegalmente, no ano de 2000, ignorando as leis brasileiras. As manifestações que aconteceram na região foram igualmente ignoradas, o governo só manifestou-se contrário a esse crime contra a humanidade em 24 de Março deste ano, condenando a Cargill a realizar Estudos de Impacto Ambiental, mas o Porto continua aberto.
A falta de Estado é visível, uma terra sem leis, onde as injustiças favorecem somente os poderosos.

A exportação de soja é um negócio que cresce a cada dia, o que gera a extinção da agricultura e pesca regional.
As famílias são pressionadas a venderem suas terras, se recusam as propostas de compra, suas casas são incendiadas “misteriosamente”, sementes de capim são jogadas nas plantações, e sofrem ameaças de pistoleiros. As terras são vendidas por preços baixos, e os moradores se vêm obrigados a ir morar na periferia das cidades, é crescente o número de novas favelas que surgem em conseqüência disso.
Quando o dinheiro da venda acaba, e sem outra fonte de renda, essas mesmas pessoas vão trabalhar para essas empresas, por salários baixíssimos e parcos benefícios, submetidos a horários de trabalhos arbitrários.
Elas necessitam comer, sustentar a família , portanto precisam se submeter a essa condição de semi-escravidão. Em entrevista concedida a Revista Terra, o agricultor Silvino Vieira conta que resistiu o quanto pode, mas acabou aceitando negociar suas terras, mudando-se para a periferia de Santarém com esposa, sete filhos e dois netos. “Eu estava com medo de adoecer. Ficamos isolados, quando os vizinhos resolveram a vender tudo. Logo, os animais começaram a morrer porque comiam sementes que estavam envenenadas com agrotóxicos. Me disseram que não queriam nada, só a minha terra"
O Pará é o Estado mais rico em recursos naturais, e paradoxalmente, o mais pobre em desenvolvimento social, onde maior parte da população não é alfabetizada, não tem acesso a serviços básicos como água, luz, rede de esgoto e assitência médica.
O governo permite tal situação porque disputa com os Estados Unidos o primeiro lugar na exportação de soja.


Fotógrafo: Daniel Beltra


Os ambientalistas lutam por um desenvolvimento real e sustentável, desde Chico Mendes a Irmã Dorothy, essas lutas coletivas se tornam cada vez mais violentas.
Fugir dessa luta é concordar com as tiranias e barbaridades que os poderosos vêm impondo
à humanidade. Não é um crime cometido somente contra os moradores daquela região, mas sim contra toda a população que deverá habitar a Terra nas próximas gerações. As queimadas contribuem com a emissão de duzentos milhões de toneladas de gás carbônico na camada atmosférica.
Todos sabem que existe um problema e que algo precisa ser feito, e muitos se esforçam para mudar esse quadro, mas no geral, os problemas estão cada vez piores.

Será que o futuro da Terra é se tornar inabitável para os homens?

Fontes:
- Revista Terra publicação Junho de 2007.
- Documentário Amazonia Urgente (Ed. Mensageiro)


Gabriela M. Paiva é co-fundadora de Ímpar e integrante do Conselho Editorial,
moradora da Residência Maria Imaculada - Ipiranga.






Editorial


Uma leitura ímpar para inquietar consciências
Ir.Fabiana Maria, rmi

Toda inquietude nasce de uma grande experiência.

Em nosso caso, a experiência de um Encontro de partilhae de reflexão, de minutos de paz inquieta é quem gera e provoca ainquietude de jovens consciências que não se contentam eminquietar-se somente, mas alcançam com leveza surpreendente nãoa necessidade exatamente, quiçá a mesma importância de queoutras jovens tenham despertas suas consciências, sob anomenclatura de uma utopia que não se estagna jamais: aocontrário, inspira, motiva, gera e regenera constantemente osânimos diante dos desafios que a vida nos presenteia!

Um mundo melhor é o sonho dos jovens de todos ostempos. A juventude hodierna não foge à este estigma, graças aDeus!

De maneira “Ímpar”, a Consciência Inquieta traz à luz suaprimeira publicação!
Regado à sorvete de cupuaçu, vitamina de açaí,acompanhado de castanha do Pará, ao som das araras e dariqueza das águas que privilegiam o encontro do Rio Negro com oRio Solimões, com destaque às vidas entregues, sofridas, vividas edesgastadas, até dar a vida num martírio que derrama o sanguesobre a terra que não se deixa calar, o leitor tem entre mãos estaspáginas para... o seu deleite? Não!!! Para o seu incômodo,desconforto intelectual! Quando as vozes dos que têm voz secalam, o frescor da juventude se faz ouvir!

Deixemo-nos envolver por tudo o que estas páginas nostrazem. Sem dúvida, será uma leitura “Ímpar”, inquietando nossasconsciências. Ainda bem!

Ir.Fabiana Maria, rmi, Responsável pela Residência Maria Imaculada
-Ipiranga-São Paulo-S.P